terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Perto do Coração Selvagem

Perto do Coração Selvagem Eu achei que nunca fosse conseguir terminar de ler esse livro. E quando eu terminei de ler foi um alívio. Eu li até o fim na esperança que melhorasse, que o final fosse maravilhoso e que por isso compensasse a chatice que foi até chegar a esse final maravilho e nesse livro de maravilhoso não houve nada. O fim foi tão chato quanto foi o ínicio e o meio. Fiquei na mesma. Não entendendo nada.

Enrolei a beça de ler esse livro, porque além de ser exaustivo, desinteressante, monotóno e sem nexo, eu tinha outros livros pra ler, os de direito.

Eu estava há muito tempo querendo ler um livro de Clarice Lispector e fiquei querendo ainda mais depois de ir a uma exposição sobre ela no Centro Cultural do Banco do Brasil. Tava querendo ler a "Hora da Estrela", mas foi esse que eu consegui arrumar pra ler. Daí que eu li mais pra dizer que eu já alguma vez na vida Clarice Lispector. Eu não sei se vou ter coragem de ler "A hora da Estrela" depois de ler esse livro, que eu enrolei por mais de 3 meses.  Um livro de um pouco mais que 200 páginas, mas rendeu como se fosse uma bíblia.

Eu não queria ficar só falando mal desse livro e de Clarice Lispector e desencorajar novos leitores. Mas é que eu não gosto desse tipo de leitura muito introspectiva. É muito depressivo que chegava a me contagiar.

Esse foi o último livro que li no ano de 2008. Li apenas 7 livros e espero que em 2009 eu possa e consiga ler mais. Vou ver se consigo ler só nessas férias uns 3 logo de uma vez.

Agora vai um trecho que eu achei bem interessante. Em alguns momentos eu me envolvia e compreendia o que ela dizia, mas em outros eu simplesmente  passava os olhos, não conseguia absorver nada e só no ínicio do livro que eu me dava o trabalho de voltar a página pra ler de novo, depois isso foi ficando chato ¬¬

"Mal posso acreditar que tenho limites, que sou recortada e definida. Sinto-me epalhada no ar, pensando dentro das criaturas, vivendo nas coisas além de mim mesma. Quando me surpreendo ao espelho não me assusto porque me ache feia ou bonita. É que me descubro de outra qualidade. Depois de não me ver há muito quase esqueço que sou humana, esqueço meu passado e sou com a mesma libertação de fim e de consciência quando uma coisa apenas viva, Também me surpreendo, os olhos abertos para o espelho pálido, de que haja tanta coisa em mim além do conhecido, tanta coisa sempre silenciosa. Por que calada? Essas curvas sob a blusa vivem punemente? Por que caladas? Minha boca, meio infantil, tão certa de seu destino, continua igual a si mesma apesar de minha distração total. às vezes, à minha descoberta, segue-se o amo por mim mesma, um olhar constante ao espelho, um sorriso de compreensão para os que me fitam. Período de interrogação ao meu corpo, de gula, de sono, de amplos passeios ao ar livre. Até que uma frase, um olhar - como o espelho - relembram-me surpresa outros segredos, os que me tornam ilimitada. Fascinada mergulho o corpo no fundo do poço, calo todas as suas fontes e sonâmbula sigo por outro caminho. - Analisar instante por instante, perceber o núcleo de cada coisa feita de tempo ou de espaço. Possuir cada momento, ligar a consciência a eles, como pequenos filamentos quase imperceptíveis mas fortes. É a vida? Mesmo assim ela me escaparia. Outro modo de captá-la seria viver. Mas o sonho é mais completo que a realidade, esta me afoga na inconsciência. O que importa afinal: viver ou saber que se está vivendo? - Palavras muito puras, gotas de cristal. Sinto a forma brilhante e úmida debatendp-se dentro de mim. Mas onde está o que quero dizer, onde está o que devo dizer? Inspirai-me, eu tenho quase tudo: eu tenho o contorno à espera da essência; é isso? - O que deve fazer alguém que não sabe o que fazer de si? Utilizar-se como corpo e alma em proveito do corpo e da alma? Ou transformar sua força em força alheia? Ou esperar que de si mesma nasça, como uma consequência, a solução? Nada posso dizer ainda dentro da forma. Tudo o que possuo está muito fundo dentro de mim. Um dia, depois de falar enfim, ainda terei do que viver? Ou tudo o que eu falasse estaria aquém e além da vida? - Tudo o que é forma de vida procuro afastar. Tento isolar-me para encontrar a vida em si mesma. No entando apoiei-me demais no jogo que distrai e consola e quando dele me afasto, encontro-me bruscamente sem amparo. No momento em que fecho a porta atrás de mim, instantaneamente me desprendo das coisas. Tudo o que foi distancia-se de mim, mergulhando surdamente nas minhas águas longínquas. Ouço-a, a queda. Alegre e plana po mim mesma, espero que lentamente me eleve e durja verdadeira diante dos meus olhos. Em vez de me obter com a fuga, vejo-me desamparada, solitária, jogada num cubículo sem dimensões, onde a luz e a sombra são fantasmas quietos. No meu interior encontro o silêncio procurado. Mas dele fico tão perdida de qualquer lembrança de algum ser humano e de mim mesma, que transformo essa impressão em certeza de solidão física. Se desse um grito - imagino já sem lucidez - minha voz receberia o eco igual e indiferente das paredes da terra. Sem viver coisas eu não encontrarei a vida, pois? Mas, mesmo assim, na solitude branca e limitada onde caio, ainda estou presa entre montanhas fechadas. Presa, presa. Onde está a imaginação? Ando sobre trilhos invisíveis. Prisão, liberdade. São essas as palavras que me ocorrem. No entanto não são as verdadeiras, únicas e insubstituíveis, sinto o. Liberdade é pouco. O que eu desejo ainda não tem nome. - Sou pois um brinquedo a quem dão corda e que terminada esta não encontrará vida própria, mais profunda. Procurar tranquilamente admitir que talvez só a encontre se for buscá-la nas fontes pequenas. Ou senão morrerei de sede. Talvez não tenha sido feita para águas puras e largas, mas para as pequenas e de fácil acesso. E talvez meu desejo de outra fonte, essa ânsia que me dá ao rosto um ar de quem caça para se alimentar, talvez essa ânsia seja uma idéia - e nada mais."

sábado, 27 de dezembro de 2008

Happy in her own little world

And she said "I'm never ever ever ever ever ever ever ever ever ever ever ever ever, yeah, I'm never ever ever ever ever ever ever ever ever ever ever ever ever, yeah, I'm never ever ever ever ever ever ever ever ever ever ever ever ever gunna unglue my lips from being together."
She said "I'm never ever ever ever ever ever ever ever ever ever ever ever ever, yeah, I'm never ever ever ever ever ever ever ever ever ever ever ever ever, ever ever ever ever ever evereverevereverever gunna unglue my lips from being together."

P.s.: Um dia eu aprendo a cantar uma música dela. E eu espero que não me dê cãibra na lingua ao tentar.

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

Madagascar 2

madagascar-2-poster Não sei se foi o meu humor que não anda lá essas coisas, mas eu não achei muita graça nesse filme. Talvez eu tenha esperado muito dele.

Eu nem me empolguei muito no filme que eu nem senti vontade de bater palma junto com o pessoal no final. Eu acho isso meio dhur, mas quando o filme é bom, muuuito bom, eu esqueço que bater palmas é dhur e bato.. Mas tem que ser muuuuuuuuuuito bom.

E esse não foi o caso de Madagascar 2.

Os animais vão pra África e o Alex encontra seus pais e talz. O início conta história de como ele foi parar em New York. Ele era um leãozinho diferente, pois ele gostava de dançar quando ele deveria era saber lutar. Seu pai era o leão alfa, o rei, e seu filho deveria ser o seu sucessor. Só que ele não levava o menor jeito pra isso e por um descuido de seu pai ele foi para fora da reserva e os humanos tentaram capiturá-lo. Seu pai tentou evitar, só que não conseguiu. O caixote aonde o Alex havia sido preso foi parar no mar, depois da tentativa do pai de libertá-lo, e daí que foi levado pela correnteza até New York.

E por aí vai. A história ficou meio confusa no início, tinha uma criança ao meu lado que não sabia quando o leão era o pai ou quando era o filho. Porque o Alex fica igualzinho ao pai depois que cresce. Aí quando ele cresceu a menina ficou perdidinha.

A ida ao cinema valeu pela pizza da parmê, o ovomaltine do Bob's e o copão de pães de queijo do Rei do Mate.

Claro que eu não comi tudo isso de uma vez, enquanto assistia ao filme. É que eu passei a tarde na rua, então a pizza foi o meu almoço. Pois é, tô me alimentando mal a beça aproveitando. Ainda levei a minha irmã que me induziu a tomar um ovomaltine ao invés de mate, que seria menos gordice. Mas enfim. Foi bom por tudo isso. E eu ainda tava pensando em passar no Mc Donalds pra comprar um Mc Lanche feliz porque eu fiquei doida pra ter a girafa. Só não fui porque seria gordice demais e minha pança não tava dando conta depois de um copão de ovomaltine.

domingo, 14 de dezembro de 2008

A Cabana

a_cabanaEsse livro eu li já faz tempo. Parei de ler "Perto do coração selvagem" para lê-lo. Peguei emprestado e por isso tive que ler logo. Se eu fosse deixar pra ler só depois do livro de Clarice Lispector eu nem teria lido ele ainda.

Eu passei a gostar do livro só a partir da metade pro fim, no ínicio eu estava meio revoltada, assim como o personagem principal do livro. Estava com os mesmos questionamentos dele, enfim, todas aqueles questionamentos que todo mundo tem sobre Deus. E eu tava preferindo uma leitura que me deixasse mais pra cima e não pra baixo.

Mackenzie era um cara bom e não era muito religioso. Não teve uma boa infância, pois seu pai era um bêbado que quando bebia se tornava uma pessoa muito violenta e o agredia e também agredia a sua mãe. Então por isso ele cresceu sem saber o que era a figura paterna.

Ele teve 3 filhos e ele era um bom pai e tinha uma boa mulher, era um família feliz. Até que um dia sua filha mais nova foi raptada e terrivelmente assassinada por um psicopata. A partir daí ele se revoltou com Deus por ele ter permitido uma maldição dessas cair sobre ele, aliás, sobre a menina. Achava que pudesse ter sido um castigo de Deus indiretamente sobre ele.

Ele passou a viver infeliz e não conseguia superar a Grande Tristeza. Um dia ele recebeu um envelope que aparentemente parecia ser um trote, uma piada de mau gosto, mas que poderia ser também de Deus.  A carta dizia o seguinte:

"Mackenzie

Já faz um tempo. Senti sua falta.
Estarei na cabana no fim de semana que vem, se você quiser me encontrar.

Papai"

Papai era como a sua mulher chamava Deus. E ninguém sabia, além dele, que a sua mulher O chamava assim. E a cabana era o local onde um vestido cheio de sangue de sua filha foi encontrado. Então ele pensou também que poderia ser o assassino de sua filha. Mesmo sem ter certeza do que se tratava ele resolveu ir. Não contou que iria pra cabana  pra sua mulher com quem vivia uma relação aberta em que um não escondia nada do outro,  com medo de fazê-la voltar a ter essas lembranças sofridas, apenas contou para um amigo.

Eu devia ter vindo aqui falar sobre o livro antes, porque agora não lembro muito da história. Quando o Mack chegou a cabana lá ele encontrou uma negra, que era o Deus; uma oriental, que era o espírito santo e um homem de aparência árabe, se não me engano, que era Jesus. A aparência não condizia com a que Mack imaginava e foi proposital. Ele  ficou durante o final de semana tendo várias conversas com os três tentando entender tudo que acontecia com a sua vida e que Deus não era o carrasco que ele estava pensando.

Ah, eu recomendo que todos lessem o livro.

Agora eu vou colocar alguns trechos que eu achei interessante e anotei pra colocar aqui no blog.

"Um pássaro não é definido por estar preso ao chão, mas por sua capacidade de voar. Lembre-se disso: os seres humanos não são definidos por suas limitações, e sim pelas intenções que tenho para eles. Não pelo que parecem ser, mas por tudo que significa ser criado à minha imagem."

...

- Por que isso? - perguntou finalmente. - Você disse que, se eu o conhecesse de verdade, sua aparência não importaria...

- Na verdade é bem simples. O ser sempre transcende a aparência. Assim que você começa a descobrir o ser que há por trás de um rosto muito bonito ou muito feio, de acordo com seus conceitos e preconceitos, as aparências superficiais somem até simplesmente não importarem mais.

...

- Os humanos estão tão perdidos e estragados que para vocês é quase incompreensível que as pessoas possam trabalhar ou viver juntas sem que alguém esteja no comando.

- Esse é um dos motivos pelos quais é tão difícil para vocês experimentar o verdadeiro relacionamento - acrescentou Jesus. - Assim que montam uma hierarquia, vocês precisam de regras para protegê-la e administrá-la, e então precisam de leis e da aplicação das leis, e acabam criando algum tipo de cadeia de comando que destrói  o relacionamento, em vez de promovê-lo. Raramente vocês vivem o relacionamento fora do poder. A hierarquia impõe leis e regras e vocês acabam perdendo a maravilha do relacionamento que nós pretendemos para vocês.

sábado, 13 de dezembro de 2008

entre lençois

cartaz_lencois Tava vendo a lista de filmes que estão sendo exibidos e me chamou atenção esse nome "entre lençois". Cliquei pra ver a sinopse pra saber se não era o que eu estava pensando e era realmente o que eu tava pensando. O filme é só sacanagem pelo jeito pois a sinopse é a seguinte: Logo após se conhecer em uma boate um casal vai para um motel, onde passa a noite.

Bom, se não fosse filme pornô produzido por brasileirinhas eu nem estranharia essa sinopse, mas é um drama feito no Brasil com Gianecchine e Paola Oliveira. D-r-a-m-a é o gênero que estava na ficha técnica. Cof - cof - cof. Eu queria muito saber mais sobre a história do filme. São 100 min pra contar que eles se conheceram numa boite e foram pra cama? Tá, eu sei que só uma frase não pode resumir tão bem a história de um filme, mas é que eu nem duvido que seja só isso mesmo, porque brasileiro não sabe escrever roteiro de filme. Fato. São raridades bons roteiros brasileiros.

Mas pensando bem, a sinopse não diz que o casal faz fucfuc. Às vezes eles só passaram a noite [dormindo] no motel e nada mais. Rá. Até parece. Roteirista brasileiro gosta de uma sacanagem. Ok, tive um momento de pura ingenuidade, mas já passou.

Será que eu vou ver esse filme? Se alguém me der o ingresso eu vou. Só assim.

 

obs.: Por eu não ter visto esse filme eu não vou colocá-lo na minha Filmoteca.