domingo, 2 de novembro de 2008

O Retrato de Dorian Gray

O Retrato de Dorian Gray

Custei a terminar de ler esse livro. Um pouco mais de 2 meses. E nem é longo, tem umas 195 páginas. Demorei mais por achar a história intensa demais. Eu parava numa frase de um personagem, normalmente o Lorde Henry que dava as suas pérolas, e eu viajava nelas. Acho que uma frase dele já dava pra escrever um outro livro. Cheguei a anotar algumas para colocar aqui na categoria de "pensamento do dia"

Outro motivo também que fez eu demorar pra ler esse livro foi a faculdade, tinha muita coisa já pra ler, então tive que deixar o livro bastante de lado ¬¬

Custei também a vir falar dele aqui, terminei de ler esse livro no dia 2 de outubro. Já até li outro livro, logo falo dele também.

A história em si eu não achei muito surpreendente. Às vezes ficava até muito cansativa e monótona. Talvez seja porque não esteja acostumada com esse tipo de leitura, tão coloquial. Achei os capítulos muito longos (não gosto disso) e o final não foi daqueles de tirar o fôlego. Foi até previsível pra mim. O bom mesmo do livro são as pérolas de Lorde Henry que era aquele cara que tinha uma frase que dizia tudo pra tudo.

"Eu estabeleço diferença entre as pessoas. Escolho os amigos pelo belo aspecto; os conhecidos, pelo bom gênio, e os inimigos, pela inteligência. Não há necessidade de muito escrúpulo na escolha dos desafetos. Não tenho nenhum que seja tolo. Todos são de certo nível intelectual e, em consequência, me apreciam. Não é muita vaidade minha? Desconfio que sim."

Muitas coisas que ele falava eram bem incômodas. Algumas geraram conflitos na vida de Dorian Gray, um rapaz que tinha uma beleza notável e que era muito admirado por isso. Acabou chamando atenção de um pintor, o Basil Hallward, que dizia que só existia duas épocas importantes na história do mundo: a primeira é o aparecimento de um instrumento novo para a arte; a segunda, o surgimento de uma personalidade nova também para a arte. O que foi para os venezianos a invenção da pintura a óleo, o rosto de Antínoo para a antiga escultura grega, seria a figura de Dorian Gray um dia pra ele. E ele o via todos os dias, era uma necessidade pra ele, para retratá-lo num quadro, que seria a obra-prima de sua vida. E ele dizia a Lorde Henry que nunca exporia o quadro, pois guardava nele o segredo de sua alma, uma singular idolatria viadística artística, do qual nunca tencionaria dizer a Dorian Gray.

Então Dorian Gray  tinha a peculiaridade de possuir uma personalidade que dominava todos a sua volta. A sua beleza realmente despertava atenção de todos. E ele sabia disso. Acho que a própria beleza o dominava. Até que um dia o quadro de Basil ficou pronto e o Lorde Henry falou que aquela imagem sempre continuaria ser a mesma, mas que o passar do tempo, a juventude de Dorian iria embora assim como a sua beleza. Daí o Dorian meio que pirou com isso e teve um desejo absurdo que lhe fosse dado ser sempre jovem, mantendo e conservando intacta a beleza juvenil, enquanto o retrato fosse envelhecendo, acusando na fisionomia os estragos da idade, das paixões e dos pecados.

Esse desejo dele realmente aconteceu e o quadro passou a possuir feições mutáveis que lia a degradação da sua vida. Por causa disso ele mantinha o quadro escondido pra que ninguém visse a imagem horrível que ele se tornava. Ele fez foi um pacto com o capiroto. Isso só fica evidente no final do livro.

E ele morre no final. Ele mesmo se mata ao tentar destruir o quadro. Pronto. Falei.

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